Escolas do ensino secundário, profissional e superior

Artigo/reportagem

Palavras-chave: consumo energético | escolas

Sobre questões energéticas…a sustentabilidade energética da nossa escola
Escola Sec. João de Deus (FARO)

Somos um grupo de alunos da Escola Secundária João de Deus em Faro. A nossa escola é uma das que está a sofrer (neste momento as obras estão completamente paradas há mais de um mês) “Obras de Requalificação”. Desde sempre e no âmbito do Eco-Escolas temos feitos inúmeros trabalhos a propor soluções energéticas mais amigas do ambiente. Encaminhámos sempre estes trabalhos para o nosso órgão de gestão da escola e daí para a Parque Escolar…mas parece que nunca nos deram ouvidos. Daí este nosso artigo que transcrevemos de seguida…que só nos vem dar razão.


Sobre questões energéticas…a sustentabilidade energética da nossa escola (artigo publicado no Jornal Preto no Branco de Abril)


No âmbito do projeto Eco-escolas, no qual estamos a participar e preocupados com as questões energéticas relativas à escola, entrevistámos o Engenheiro João Gonçalves. Certos de que este tema interessa a toda a comunidade escolar, elaborámos este resumo contendo as ideias fundamentais transmitidas nessa entrevista.
 

Questionado acerca da instalação de painéis fotovoltaicos que, pensávamos nós estaria prevista, foi-nos dito que a escola possui apenas a pré-instalação destinada a este equipamento, por falta de verbas. Os painéis poderão eventualmente vir a ser instalados numa segunda fase da obra. Acerca dos coletores solares (utilização de energia solar para aquecimento da água) obtivemos as seguintes afirmações: a escola possui 16 coletores com 2 baterias de 8 painéis ligados em paralelo, cada painel possui 2m2, o que dá um total de 32m2. Estes painéis alimentam 2 depósitos de 2000 litros cada. Quando não há energia solar suficiente, a caldeira (que funciona a gás) preenche a falta de energia dos painéis. Estão previstos 100 banhos por dia e para tal os depósitos têm uma autonomia de 5 dias. A fim da escola se tornar totalmente independente do gás (energia não-renovável), os painéis e os depósitos deveriam ser maiores (os depósitos deveriam apresentar uma autonomia de 5000 litros cada), porém o investimento seria muito avultado e não compensaria.
 

Por último, inquirimos sobre os futuros gastos energéticos advindos do ar condicionado. A nossa “nova” escola só pode funcionar com ar condicionado pois as salas são pouco ventiladas, algumas com paredes de vidro, etc. Foi-nos dito que a instalação elétrica dos mesmos só estará operacional quando a reconstrução de todo o edifício estiver concluída…mas alimentados de forma convencional. Questionámos o custo deste sistema e sublinhámos que a energia produzida pelos painéis fotovoltaicos poderia ser uma alternativa não poluente para o ambiente, permitindo a regulação da temperatura dentro do edifício. Foi-nos dito que, no actual contexto não é possível, por questões económicas ou seja a nossa escola, mesmo depois de requalificada e em pleno século XXI continuará a recorrer, quase exclusivamente, a formas de energia convencionais!
 

Mas nem tudo são más notícias…parece que os nossos consumos (pelo menos ao nível da faturação) estão agora mais amigos do ambiente. Sobre este tema e no âmbito do programa Eco-Escolas elaborámos uma pequena investigação que traduz isso mesmo…estamos a gastar menos se compararmos 2009 com 2011. Temos a certeza que a nossa participação no programa Eco-escolas também tem “culpas no cartório”. Fica aqui o nosso resumo.

Boas notícias: Faturação dos anos 2009 e 2011 (artigo publicado no Jornal Preto no Branco de Junho)

Através da análise do gráfico e da tabela com os valores das faturas, verifica-se que a escola já reduziu o seu consumo energético (indicador faturação) desde 2009. Concluiu-se que os gastos com o consumo energético diminuíram 16%. Mas achamos que é possível diminuir ainda mais estes gastos energéticos, através da implantação de medidas de poupança de energia, na escola.

Alunos do 11º G: Leonor Albuquerque, Mariana Antão, Miguel Santos, Pedro Dias, Pedro Carrasqueira e Tomás Veiga 
Professora Helena Barracosa
(Autocolantes da Campanha Poupança Energética ESJD 2011/2012)