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Artigo/reportagem

Palavras-chave: etiqueta energética

Certificação Energética de Edifícios
Escola Secundária Abel Salazar (MATOSINHOS)

Certificação Energética de Edifícios

Mas afinal o que será a Certificação Energética?

A Certificação Energética, relativamente recente (Janeiro de 2009), consiste na classificação de edifícios de acordo com o seu desempenho energético e da qualidade do ar interior, ou seja, a avaliação dos gastos efetuados pelo imóvel em questão, do rendimento da energia e do isolamento térmico das paredes, janelas, portas e frinchas que estão diretamente relacionados com a qualidade e temperatura do ar no interior do imóvel. Todos estes fatores permitem avaliar a eficiência energética das casas, apartamentos, edifícios públicos, etc. Esta classificação efectua-se de A+ (mais eficiente) a G (menos eficiente) e é registada num Certificado de Desempenho Energético e da Qualidade do Ar.

O Certificador Energético ao fazer uma avaliação dos imóveis, alerta o proprietário sobre os desenvolvimentos necessários para melhorar a eficiência energética da sua propriedade e assim contribuir para uma maior poupança energética por parte do consumidor. Para além disso, quem possuir um edifício com classificação A ou A+ tem benefícios fiscais em sede IRS.

A Certificação Energética dos Edifícios é comandada pela ADENE (agência para a energia) e pela Direção Geral da Energia e Geologia; para poder obter um certificado é necessário contactar empresas especializadas ou um perito qualificado. O preço deste certificado é de 45 euros (mais IVA) e ainda uma tarifa imposta pelo perito de acordo com a complexidade do imóvel.

A Certificação Energética dos Edifícios é cada vez mais uma realidade no ramo imobiliário e do desenvolvimento sustentável para a poupança da tão preciosa energia e para a proteção do meio ambiente.

 

E então, quando é que é necessário o Certificado de Desempenho Energético e da Qualidade do Ar?

O proprietário de um imóvel terá de adquirir um certificado aquando da venda, aluguer, construção e grandes remodelações do seu imóvel. Este certificado que funciona do mesmo modo da classificação dos electrodomésticos, poderá ser utilizado enquanto se mantiver válido (10 anos) independentemente do número de vezes que for vendido ou alugado o edifício. O proprietário da casa é obrigado a mostrar o certificado quando pretende vender ou alugar o imóvel de forma a que o comprador saiba quanto irá gastar em energia no imóvel em questão.

 

Como se avalia um imóvel?

Os fatores tidos em conta por um perito são as características construtivas do imóvel - orientação, paredes, coberturas, envidraçados, etc. -, a existência ou não de aproveitamento de energias renováveis, os sistemas de ventilação (natural ou mecânica) e os combustíveis usados nos sistemas de climatização e de produção de águas quentes sanitárias (AQS).

Por exemplo, avalie-se a Escola Secundária Abel Salazar: as salas de aula possuem janelas de vidro de grandes dimensões o que facilita a entrada e saída de calor, uma vez que o vidro não é um mau condutor térmico e as janelas não são calafetadas. O teto principal é fabricado de um material plástico fino, os sistemas de climatização estão desligados durante todo o ano e não há uso de energias renováveis. Podemos então concluir que esta escola não é eficiente energeticamente e por isso talvez fosse classificada como F ou G no seu Certificado de Desempenho Energético e da Qualidade do Ar.       

 

Que soluções existem para se melhorar a Classificação Energética de uma habitação?

Para se poder obter uma melhor classificação energética e poupar dinheiro e energia tem-se em conta algumas medidas, já que cerca de “30% das nossas necessidades de aquecimento são devidas às perdas de calor por mau isolamento das janelas” e “60% do calor pode ser perdido por mau isolamento da cobertura e das paredes exteriores”, in REVISTA, Expresso, 24/Mar/12.

Para melhorar o rendimento energético das habitações deve-se, portanto, pintar as paredes exteriores de cores claras (o branco é a cor que menos energia solar absorve e mais luz reflete), construir paredes duplas com caixa-de-ar e outros materiais bons isoladores térmicos, como por exemplo, poliestireno e lã de vidro (evita a humidade e apresenta baixa condutividade térmica, respetivamente), colocar janelas de vidros duplos com caixilharia em PVC ou em madeira com corte térmico (permite a entrada de luz e impede a entrada de frio) e também, a instalação de painéis e/ou coletores solares para o fornecimento de eletricidade ou calor que diminuirá os valores a pagar nas contas do gás e da luz.

Em suma, a Certificação Energética não só ajuda o ambiente para poupança de energia como também ajuda os proprietários na poupança de dinheiro (contas com preços mais reduzidos e benefícios fiscais), o que é essencial nos dias que correm com a presença de uma crise energética e económica severa.