Trabalhos Apresentados

1º Escalão (até aos 15 anos)

Há energia na água...

Escola: Escola Básica de Gualtar (BRAGA)
Autores (alunos): Bruno Magalhães, Cátia Fernandes, Diana Vieira, Lucas Silveiredo e Sara Silveiredo

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Memória descritiva:

Inicialmente analisámos a documentação relativa ao concurso, que nos era proposto pelo Programa Jovens Repórteres do Ambiente (JRA): Eco-Repórter da Energia. O projeto e as suas linhas orientadoras foram apresentados aos alunos, nas horas do Clube da Floresta/JRA, de maneira a explicitar os objetivos e intenções da tarefa proposta. A atividade foi realizada com os alunos que mais demonstraram interesse e dedicação pela verificação das possibilidades de uma reportagem na área do desenvolvimento sustentável na nossa localidade: Braga. Após várias sondagens sobre o que poderíamos abordar, decidimo-nos por explorar parte do património material que tem a nossa localidade: o elevador do Bom Jesus do Monte. O elevador liga a parte alta da cidade ao Santuário, subindo um desnível de mais de cem metros de altura e segue um percurso paralelo ao dos Escadórios do Bom Jesus, terminando na parte mais alta, junto à estátua equestre de São Longuinho. Foi o empresário bracarense Manuel Joaquim Gomes (1840-1894), que o mandou construir, com o objetivo de substituir a linha dos americanos de Braga (veículos sobre carris puxados por cavalos), que originalmente se estendia até ao santuário e que tinha de ter a sua tração complementada por bois, na íngreme subida, em dias de maior afluência. A sua inauguração ocorreu em 25 de março de 1882. Funciona sobre uma rampa, sendo constituído por duas cabines independentes, ligadas entre si, por um sistema funicular com contrapeso de água. Cada cabine tem um depósito, que é cheio de água quando no nível superior e esvaziado quando no inferior. A diferença de pesos assim obtida permite a deslocação. Foi construído para transportar 38 pessoas e não emite CO2 para a atmosfera. Para os Jovens Repórteres do Ambiente, foi claramente uma excelente escolha de investigação, pois muitas vezes procuramos novas soluções, todavia se olharmos para a nossa herança, existem técnicas de produção de energia sustentável. Por vezes, revelando e investigando, podemos indicar novos/velhos caminhos para uma sustentabilidade energética. De facto, este processo de transporte é ambientalmente correto, promotor de criação de empregos, preservação ambiental e claro energeticamente viável, não fosse este elevador existir há 132 anos! Dever-se-ia olhar para este facto, pois, conjuntamente com soluções solares ou eólicas, poder-se-ía por a água a fazer com que se pudessem transportar objetos. Imaginem elevadores baseados neste processo, num prédio, em que com a ajuda de sistemas solares e eólicos, se fossem enchendo depósitos de água, que por seu turno permitiriam que as pessoas andassem para cima e para baixo, sem que houvesse qualquer custo em produção de CO2. Se olharmos para a história, poderemos ver algumas saídas para a nossa sociedade. Neste preciso caso, é uma solução barata e amiga da sustentabilidade. Como restava pouco tempo para nos prepararmos convenientemente para este dia, todos contribuíram para organizar e reunir todo o material necessário, passando posteriormente a uma nova etapa, em que elaborámos o projeto sob a forma de um guião, com linhas orientadoras, de forma a contemplar os objetivos e intenções da tarefa proposta – criação de uma vídeo-reportagem. Foi necessário refletir sobre a transformação da informação recolhida em linguagem audiovisual, tendo como recursos: a exploração do guião; a exploração de técnicas de reportagem e a utilização de uma máquina de filmar. Nesta etapa decidimos a solução mais adequada para a materialização das nossas ideias, de modo a obtermos o efeito desejado. Depois de passarmos a fase de planeamento, passámos à fase de direção e gravação, optando por fazer uma primeira recolha de imagens e gravar uma parte da reportagem no local, e outra parte, respeitante à entrevista, na escola. Procurámos realizar enquadramentos simples, valorizando a linguagem básica de vídeo, e dando principal ênfase à mensagem. A filmagem foi realizada com duas câmaras, uma do AE Carlos Amarante e outra do coordenador dos JRA. Após a fase de gravação, foi realizada a seleção das imagens que mais se enquadravam com o que se tinha planeado e passou-se à fase de montagem do vídeo. Inicialmente criámos uma montagem grosseira, que nos permitiu ter noção da redução do tempo necessário, para respeitar o limite de 3 minutos e de quais seriam as imagens fulcrais a introduzir, de forma a reforçar a transmissão da informação. A montagem do vídeo reportagem foi realizada com o Adobe Premiere CS6 e parte do som foi retocado com o Adobe Audition CS6.